27 DE JULHO DE 2015 FOI DIA DE PARALISAÇÃO DOS SERVIDORES DO EXECUTIVO FEDERAL EM PALMAS

O dia 27 de julho de 2015 em Palmas foi marcado por paralisações seguidas de atos de protestos do funcionalismo federal, juntamente com os movimentos sociais na capital de Tocantins. O ato segue orientação nacional e teve início pela manhã com concentração de servidores em frente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Ministério do Trabalho (MTE) e protestos em frente à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), contou, ainda, com a participação de servidores dos órgãos: Universidade Federal do Tocantins (UFT), Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), bem como contou com a participação de representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Colinas e com trabalhadores da Articulação Camponesa de Luta pela Terra e Defesa dos Territórios.

 

Segundo Flávio Mota, representante do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Tocantins (SINTSEP-TO) e servidor do Incra/TO, na prática vários órgãos estão em verdadeiro estado de greve há meses, o que é percebido pelos usuários que não conseguem ser TO INCRA SPU UFT DSEI juntos no ato.27.07.15atendidos com eficiência e com a dignidade esperada. A ausência de data base e o vácuo de regras sobre negociação coletiva com o governo estão na raiz da escalada dos movimentos grevistas. A ampliação da discrepância salarial entre órgãos, as perdas do poder de compra dos salários e a ausência de reestruturação das carreiras geram crescente insatisfação dos servidores. A tendência é que o movimento venha a se intensificar a cada dia por meio das paralisações das atividades, o que pode levar a uma greve geral do funcionalismo no Estado do Tocantins.

 

A categoria espera que nesse processo o governo leve em consideração também o índice de inflação apontado para este ano e que pode chegar a dois dígitos, em torno de 10%. A preocupação é que a categoria não continue amargando perdas salariais, que no acumulado TO MTE SPU INCRA UFT FUNASA DSEI juntos no ato do dia 27.7.15chegam a mais de 40%, o que na prática significar redução real dos salários do funcionalismo federal, afirma Flávio Mota, SINTSEP-TO.

 

“O governo dormiu nos últimos anos vem subestimando a deterioração da qualidade dos serviços públicos. Ao invés de profissionalizar a gestão pública, fez foi ampliar o aparelhamento partidário e sindical do estado. A Consequência desse processo pernicioso resulta invariavelmente em prejuízo ao erário, prejuízo ao serviço público de qualidade. A incompetência das gestões baseadas nos quadros do partido e a banalização daTO Os servidores da Funasa aderiram ao ato 11h 30m dia 27 07 2015 corrupção explicam a crise de governança atual”, arremata o represente do sindicato.

 

Representantes do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Colinas e trabalhadores da Articulação Camponesa de Luta pela Terra e Defesa dos Territórios participaram dos protestos e denunciaram a escalada do conflito fundiário contra os ocupantes tradicionais das glebas da União, entre elas: gleba Anajá, o caso do acampamento Vitória; gleba Tauá, a violência causada por grileiros; assentamento Fortaleza, em Nova Olinda; ocupantes da fazenda Levinha e Sucupira, em Araguaína, há mais 20 anos lutando pela terra.

 

Fonte: SINTSEP-TO