Servidores ativos e aposentados do Incra no Paraná estiveram reunidos, no dia 31 de outubro de 2019, para participar de um debate sobre o Serviço Público brasileiro e a Reforma Administrativa anunciada pelo atual Governo.
No encontro, que ocorreu na sede da regional em Curitiba, a diretora da CNASI, Marcela Pataro, apresentou uma análise com a conjuntura no Serviço Público federal, em especial, os efeitos da Reforma da Previdência, e também questões sobre a Reforma Administrativa e os impactos nas carreiras do Incra.
Ganhou destaque no debate em Curitiba, organizado pela Assincra/PR, a necessidade da articulação com os trabalhadores e entidades representativas dos demais órgãos e entidades do serviço público para enfrentar os ataques, uma vez que as mudanças em curso têm impacto sobre o Serviço Público em geral, inclusive nos estados e municípios.
A iniciativa da CNASI de fazer reuniões nos estados - ao contrário de centralizar os encontros em Brasília, apenas com representantes das Assincras - foi um ponto positivo apontado pelos participantes do evento no Paraná, pois além de aproximar a Associação Nacional dos trabalhadores na base, potencializa e incentiva a organização dos servidores em cada um dos seus locais de trabalho, para discussão e enfrentamento aos ataques e retiradas de direitos que se materializam no dia-a-dia dos servidores. Há a expectativa, a partir de agora, que haja uma continuidade nas mobilizações, em conjunto com os demais servidores públicos federais, principalmente com o que está por vir na Reforma Administrativa.
Análise da CNASI
A intenção da CNASI-AN nesses debates regionais é motivar os trabalhadores a compreenderem as seguintes questões: as reformas são medidas a serem tomadas no interesse do capital e estão inseridas diretamente na dinâmica da luta de classes no Brasil e no mundo.
Todos os governos usaram e continuarão usando dessas medidas em momentos de saída de crise. E as crises são cíclicas, independentemente do Governo. E o enfrentamento a cada uma destas reformas é uma necessidade concreta para a manutenção das atuais condições de vida, que já são ruins.
Se não houver enfrentamento às retiradas de direitos que se apresentam agora, dentre elas a Reforma Administrativa, a condição dos trabalhadores do Estado será ainda pior num próximo ciclo, já que dentre as medidas anunciadas estão a flexibilização da estabilidade (PLS 116/2017) e a redução unilateral de salários através da redução de jornada de trabalho (PEC 438/2018).
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Fonte: CNASI-AN