Segunda, 03 Agosto 2015 13:50

MOVIMENTO GREVISTA, DE PARALISAÇÕES E MOBILIZAÇÕES NO INCRA E MDA DEVE SER FORTALECIDO EM AGOSTO PARA AUMENTAR PRESSÃO NO GOVERNO

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Nos últimos dias têm crescido a adesão dos servidores do Incra e MDA ao movimento grevista, de paralisações e mobilizações por todo o país, como forma de pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria. É essencial que essas ações sejam fortalecidas neste mês de agosto, pois é quando o governo encaminha ao Congresso Nacional o PLOA definindo orçamento para o ano de 2016 e com a previsão de aumento remunerativo aos servidores.

 

As ações dos servidores do Incra e MDA visam ainda denunciar a situação dos órgãos, pois os assentamentos estão abandonados, sem acompanhamento da regularidade, com venda de lotes, arrendamentos, carência de  fiscalização da aplicação de créditos, etc. Tudo isso ocasiona problemas de abandono, crimes ambientais, paralisação de obras de infraestrutura, entre outras. Os servidores não poderão ser responsabilizados pelos problemas advindos destas Belem IMG-20150731-WA0044situações de gestão no Incra e MDA.

 

A junção das forças, em muitos estados, dos trabalhadores do Incra (das carreiras de Reforma e Desenvolvimento Agrário e Perito Federal Agrário) e do MDA, juntamente com servidores de outros órgão, tem reforçado o movimento reivindicatório pelo Brasil. O crescimento das ações é explícito no estado do Pará, pois além das três superintendências regionais (com sedes em Belém, Marabá e Santarém) estarem em greve a junção de forças com outras categorias tem potencializado enormemente o alcance dos atos e eventos promovidos. Passeatas por ruas de Belém, manifestações em rodovias em Marabá e debates em Santarém são alguns dos movimentos realizados nos últimos dias pelos trabalhadores do Incra em MDA, juntamente com servidores de outros órgãos públicos.

 

Em Belém os trabalhadores do Incra e MDA (em greve desde o dia 10 de julho) juntaram-se, em 30 de julho de 2015, a outros servidores públicos de órgãos federais em greve em manifestação na manhã daquele dia, no bairro de São Brás, na capital do Pará. O ato fez parte da programação nacional de mobilizações das categorias, cuja pauta deMaraba destaque-338030-protestomaraba800x500 reivindicações tem como principal objetivo a reposição de perdas salariais. A manifestação contou com grande presença de servidores de diversos órgãos, como: Universidade Federal do Pará, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).

 

Em Marabá os trabalhadores do Incra e MDA também decidiram juntar-se a outros servidores que integram movimentos grevistas em mobilizações. Um exemplo destas ações foi um protesto realizado na rodovia BR-230, a famosa Transamazônica, em frente ao prédio do INSS, em Marabá, no Sudeste do Pará, na manhã do dia 22 de julho de 2015. Os manifestantes interditaram a pista com faixas deixando o trânsito lento. A manifestação reuniu os servidores do Incra/MDA, Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e técnicos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) que também estão em greve desde o mês de Santarem IMG-20150731-WA0053junho. De acordo com o comando das greves, o objetivo foi unir as forças para sensibilizar a população para a greve que segue indicativo nacional.

 

Em Santarém os servidores do Incra em MDA (em greve desde dia 27 de julho) têm realizado atividades de adesão da categoria ao movimento e de arrecadação de fundos, como bingos e uma feijoada - promovida no dia 31 de julho de 2015. No dia anterior (30), houve mobilização integrada de todas as carreiras do Incra, incluindo os agrônomos, que, por indicativo de seu sindicato, o SindPFA, paralisaram as atividades. Pela manhã, servidores permaneceram concentrados na entrada da sede regional do Incra em Santarém. Duas cartas - uma elaborada pelos servidores contendo as motivações da greve e outra de apoio ao movimento, assinada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Santarém (STTR) -, foram distribuídas à população. À tarde, os servidores participaram de debate, promovido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pela UnB (Universidade de Brasília), sobre os conflitos ambientais e sociais com o avanço da monocultura da soja em Santarém. Os servidores também denunciaram na imprensa o abandono de veículos no Incra. São 17 caminhonetes abandonadas no total. Destas, 13 estão paradas háSampa IMG-20150731-WA0046 pelo menos cinco anos. Os pneus vazios e o acúmulo de poeira comprovam o estado de abandono dos veículos. Somente quatro caminhonetes estão em funcionamento, sendo utilizados para serviços administrativos e de vistoria.

 

Em São Paulo, onde Incra e MDA estão em greve também, os servidores da base da Cnasi, Assemda e SindPFA estão participando conjuntamente com trabalhadores de diversos outros órgãos públicos. Exemplo disso foi que os trabalhadores do Incra e MDA juntaram-se a servidores públicos federais em greve durante manifestações, no dia 29 de julho de 2015, na capital paulista, para reivindicar do governo reajuste dos salários e melhores condições de trabalho. Funcionários de diversos órgãos federais se concentraram no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na Avenida Paulista. Entre eles, servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e do Ministério do Trabalho.

 

Em Rondônia, os servidores iniciaram a greve por tempo indeterminado no dia 27 de julho de 2015. Foi decidido participar de ações conjuntas com outros servidores públicos – o que ocorreu já no dia 30 de julho, quando os trabalhadores do Incra juntaram-se a outros servidores federais em greve e reuniram-se na Praça Getúlio Varas, na capital Porto Velho, para um ato público de protesto contra a política de arrocho salarial e de precarização do serviço público do Governo Federal. Os discursos inflamados dos grevistas demonstram que a situação interna vivida em seusMS passeata 22.07.2015 órgãos está a cada dia insustentável, como é o caso da Educação. Servidores do Incra, SAMP, Unir, INSS, AGU e IFRO manifestaram-se publicamente suas insatisfações. Em Rondônia os servidores seguem com a paralisação na sede da Superintendência Regional e contam com a adesão dos colegas das unidades avançadas de Jí-Paraná, Pimenta Bueno e Guajará Mirim. No dia 4 de agosto reúnem-se com os colegas do Terra Legal que trabalham no prédio do SIPAM, que pertence ao Ministério da Defesa, para mobilizá-los para a greve.

 

Após debates, que vinham sendo realizados desde o dia 27 de julho, os servidores do Incra no Rio Grande do Norte, decidiram entrar em greve a partir de 3 de agosto de 2015, para juntar-se aos colegas das outras superintendências e outros funcionários federais, na luta contra esta imposição do Governo em impor uma reposição inflacionária irrisória. Mesmo com Junta Governativa Provisória, em virtude de sua situação jurídica em fase de regularização, a Assincra/RN está organizando as atividades dos servidores do Incra no Estado.

 

No Mato Grosso do Sul os servidores do Incra e MDA deliberaram pelo estado de greve, com indicativo no dia 17 de agosto de 2015, para assembleia de deflagração da greve em caso de não apresentação por parte do governo de proposta aceitável. Participação em atos e mobilizações em parceria com outros trabalhadores do Serviço Público estão ocorrendo. Exemplo disso foi a manifestação realizada no dia 22 de julho de 2015, na capital Campo Grande, quando servidores do TO INCRA SPU UFT DSEI juntos no ato.27.07.15INSS, Polícia Rodoviária Federal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul foram às ruas apresentar suas reivindicações.

 

Em Tocantins os servidores do Incra e MDA têm participado de atos e mobilizações promovidos pelo Sintsep-TO, envolvendo trabalhadores de diversos órgãos públicos do Estado. Uma dessas mobilizações ocorreu, no dia 27 de julho de 2015, em Palmas, com atos de protestos do funcionalismo federal, juntamente com os movimentos sociais. O ato teve início pela manhã, com concentração de servidores em frente ao Incra, Ministério do Trabalho (MTE) e protestos em frente à Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Contou, ainda, com a participação de servidores dos órgãos: Universidade Federal do Tocantins (UFT), Superintendência do Patrimônio da União (SPU), Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), bem como de representante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Colinas e com trabalhadores da Articulação Camponesa de Luta pela Terra e Defesa dos Territórios.

 

Na Paraíba, os servidores do Incra e do MDA discordaram da apresentação de proposta diferente da equiparação como Ibama (que vinha sendo defendida pelas entidades representativas dos servidores) por esta não ter sido discutida junto às bases antes de ser apresentada ao Governo. Para pressionar o Governo a atender as reivindicações da categoria, os servidores decidiram, em assembleia no dia 27 de julho de 2015, fazer atividades e “mobilizações inteligentes” nas segundas e quartas-feiras no mês de agosto. Também decidiram enviar um representante a Brasília para se incorporar ao Comando Nacional, a fim de participar de reuniões e contato com parlamentares no Congresso Nacional.

 

No Rio Grande do Sul os servidores decidiram em assembleia, no dia 29 de julho de 2015, que fariam mobilizações em gosto no sentido de pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria. Ficou pré-agendado um ato para o dia 6 de agosto, em Porto Alegre.

 

No Rio de Janeiro os servidores do Incra decidiram em assembleia, no dia 3 de agosto de 2015, ficar em Estado de Greve até a data da reunião setorial no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG. Durante todo o dia do encontro no MPOG farão vigília e mobilização e voltarão a se reunir, após reunião, para discutir os rumos do movimento, aprovando o Indicativo de greve para 14 de agosto de 2015.

 

No Ceará os servidores do Incra realizaram assembleia no dia 3 de agosto de 2015 e deliberaram por paralisação dois dias na semana - dias 05 e 06/08/2015 e 10 e 12/08/2015 -, bem como estão em construção de uma greve no estado.

 

MDA

MDA marcha spfs 22jul2015 4Os servidores do MDA realizaram no do dia 31/7 ato público em Brasília, em atendimento à paralisação nacional do Ministério definida em assembleia. O ato público em Brasília ocorreu em frente ao Bloco A da Esplanada dos Ministérios, onde estão a sede do gabinete do ministro do Desenvolvimento Agrário e da Secretaria Executiva do MDA, e conjuntamente ocorreu uma assembleia extraordinária dos servidores. Ao final do ato público uma comitiva de servidores do MDA foi recebida pelo Secretário Executivo Adjunto, Rafael Oliveira, que recebeu um ofício da Assemda. No ofício, um pedido ao ministro Patrus de que solicite audiência ao MPOG e exerça pressão. Também foi pedido o fim da suspensão das negociações da pauta interna. Uma nova paralisação nacional do MDA vai ocorrer no dia 6 de agosto de 2015, data que também será realizada assembleia extraordinária para debater indicativo de greve. Terminada a assembleia os servidores seguirão à Esplanada dos Ministérios para participação na Marcha Nacional dos SPFs. (Material atualizado às 22h, de 3 de agosto de 2015)

 

Fonte: Cnasi

Ler 2979 vezes Última modificação em Terça, 04 Agosto 2015 01:38