Reunidos em 6/5/2024, na sede do Incra em Goiânia, os servidores do Incra em Goiás, por unanimidade, votaram e recusaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela mesa de negociação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviço Públicos (MGI) no último dia 2 de maio de 2024.

A assembleia também decidiu que a partir da data (6/5) os servidores do Incra em Goiás estão em estado de greve.

O coletivo reunido decidiu ainda aprovar um manifesto no qual se evidencia a insatisfação generalizada com o descaso do Governo Federal com a causa da reforma agrária e com os servidores incumbidos da execução desta política.

Carta aberta do Incra Goiás

O Incra vai parar.

Vai parar porque os servidores não recebem salários compatíveis com cargos de mesmo nível no Poder Executivo Federal.

Vai parar porque não temos mais ânimo para continuar trabalhando enquanto o Governo Federal continua ignorando os problemas salariais e estruturais que assolam o Incra há mais de dez anos.

Vai parar porque se um Governo eleito por pessoas que acreditam na política de reforma agrária como inclusiva e essencial para o desenvolvimento econômico das famílias de trabalhadores rurais não enxerga que os servidores que executam essa política estão quase sem voz e sem forças para implementarem esse trabalho não faz sentido insistir na causa.

Nos últimos dez anos, o Incra foi colocado em segundo plano. O orçamento para a autarquia foi cortado e as políticas públicas operacionalizadas por nós, sufocadas. Vimos o quadro de servidores e colaboradores ser reduzido à metade. Vimos a estrutura ser diminuída, mesmo assim, o Incra não parou.

Chegamos a 2024 e depois de ajudar na proposta de reconstrução das políticas públicas e da estrutura do próprio órgão as servidoras e servidores do Incra são abandonados.

A proposta de recomposição salarial apresentada pelo MGI na quinta-feira, 2 de maio, foi recebida com perplexidade por nós, que somos responsáveis pela execução das políticas voltadas a quem precisa de terra, de crédito, de dignidade. Por esse motivo, manifestamos para a sociedade brasileira, em especial a todos que defendem a equidade e o desenvolvimento social, rural e ambiental:

O Incra vai parar!
Vai parar entrega de títulos definitivos.
Vai parar repasse de créditos.
Vai parar emissão de CCIR.
Vai parar cadastro rural.
Vai parar certificação de georreferenciamento.
Vai parar regularização de assentados em áreas de reforma agrária.
Vai parar regularização quilombola.
Vai parar prateleira de terra.
Vai parar cadastro de acampados.
Vai parar edital de seleção de famílias para a reforma agrária.
Vai parar educação na reforma agrária.
Vai parar convênios com prefeituras.

Fonte: Assincra/GO

Na data de 06/05/2024, as 9:30hs, os servidores mobilizados do Incra no Nordeste do Pará se reuniram para mais um ato de reinvindicação pela reestruturação das carreiras do Órgão, no portão de entrada, em Belém/PA, em conjunto com o Sintsep-PA, para dar cumprimento ao Edital de Convocação de Assembleia dos Servidores do Incra e avaliar a proposta apresentada pelo MGI, na mesa de negociação apresentada em 02/05/24.

Inicialmente foram feitas as análises de conjuntura pela comissão de mobilização e o cenário de adesão das superintendências espalhadas pelo território nacional. Após esses informes, foi apresentada a proposta do MGI que, em resumo, ofereceu 12,5% para os cargos de nível Superior e 9% para os cargos de nível Intermediário, parcelado em 2 anos (2025 e 2026).

Em seguida foi aberto a Assembleia para os debates e todas as intervenções foram no sentido que essa proposta apresentada representa um desrespeito a categoria que se encontra a mais de 80 dias em mobilização local, aumenta as distorções salariais entre os cargos e não atende a nenhum dos pontos de pauta de reestruturação da categoria.

Após todos os pronunciamentos, foi iniciado a votação e com um resultado de 42 x 0, a PROPOSTA DO MGI FOI REJEITADA pela totalidade dos presentes. Na sequência, foi apresentado e votado o Indicativo de Greve da Superintendência do Nordeste Paraense e, mais uma vez, com um placar de 42 x 0 foi APROVADO O INDICATIVO DE GREVE pela totalidade dos presentes.

Após esse resultado, foi encaminhado a ATA da Assembleia para o Sintsep-PA e definido entre os servidores para INTENSIFICAR A OPERAÇÃO PADRÃO com vistas ao início de uma greve geral caso o “centro de Governo” não atenda a proposta de reestruturação das carreiras do Incra.

Em Brasília/DF, os servidores do Incra reunidos, em 6/5/2024, durante o ato semanal da campanha “SEGUNDA-FEIRA DE LUTA” em defesa da reestruturação de carreiras, participaram de assembleia local convocada conjuntamente pelo Sindsep-DF e Assera/BR para apreciar a proposta do MGI de 2/5/2024.

Dirigentes de entidades representativas, lideranças e servidores também fizeram repasse de informações e análises sobre o processo de negociação atual, os acordos já assinados e os percentuais de aumento remunerativo acordados entre Governo e categorias do Serviço Público Federal. Sobre a proposta do MGI às carreiras do Incra, os participantes na assembleia em Brasília foram categóricos em todas as falas de que ela além de não atender minimamente as reivindicações da categoria ainda manteve as diferenças salariais das duas carreiras e não ampliou o percentual de remuneração do nível intermediário / médio em relação ao superior. A proposta do MGI também não trouxe as requeridas gratificações de qualificação e localidade.

Os servidores em Brasília, após amplo debate, decidiram por unanimidade pela REJEIÇÃO DA PROPOSTA DO MGI e ainda decidiram intensificar a mobilização da base, ao aprovarem elaboração de planejamento para aplicação de OPERAÇÃO PADRÃO em setores estratégicos da Sede do Incra, com impacto em diversas ações do órgão pelo país.

E um grupo foi eleito para elaboração de planejamento estratégico, tático e operacional de ações que pudesse viabilizar a OPERAÇÃO PADRÃO na autarquia agrária. As atividades do grupo começaram imediatamente após a assembleia, com reunião para identificar setores estratégicos de atuação tática e traçar sua aplicação operacional. Na tarde, outras reuniões ocorreram com alguns setores da sede e foram acionados grupos de fora de Brasília para contribuírem.

Fonte: Cnasi-AN

Os servidores do Incra em Mato Grosso do Sul, da base do SINTSEP/MS, em 9/5/2024, participaram de assembleia realizada de maneira híbrida, para apreciar e deliberar sobre a proposta do Governo Federal, apresentada em reunião do MGI, em 2/5/2024.

Após a leitura do edital de convocação contendo a pauta e exposição de Informes e a proposta apresentada pelo MGI em nome do Governo, houve amplo debate. Esgotado o debate, o presidente da assembleia submeteu a proposta do Governo à votação, sendo REJEITADA POR UNANIMIDADE.

Em seguida o presidente da Assembleia solicitou ao Delegado Sindical Rogerio Gaspar que apresentasse detalhadamente a contraproposta elaborada pelo DARA da Condsef e representante da CNASI-AN com assessoria do DIEESE. Abriu-se o debate e, com a assembleia esclarecida, o Presidente submeteu a contraproposta dos servidores ao Governo, sendo APROVADA POR UNANIMIDADE.

Sobre mobilização, após debate foi APROVADOS POR UNANIMIDADE o seguinte:
i) deflagração do estado de greve na SR-INCRA-MS;
ii) mobilização permanente com reuniões e assembleias de mobilização às segundas-feiras no Auditório do INCRA-MS;
iii) formação de 1 comissão de mobilização para informar, convencer e mobilizar os colegas a participarem das atividades coletivas e se prepararem para entrar em greve, se for necessário;
iv) formação de comissão para buscar apoio político junto à bancada de deputados federais pressionando o governo a aceitar a contraproposta apresentada pelos servidores para reestruturação do PCCRDAI;
v) elaborar carta ao Presidente do INCRA, com um abaixo-assinado informando sobre o estado de greve;
vi) elaborar carta aos Superintendentes do INCRA e do MDA em Mato Grosso do Sul informando sobre o estado de greve e solicitando que apoiem a articulação com a bancada federal e com gestores do primeiro escalão do Governo Federal, bem como solicitar que encaminhem o documento, respectivamente, para o Presidente do INCRA, Cesar Aldrighi e o Ministro Paulo Teixeira, do MDA;
vii) formar uma comissão de servidores e delegados sindicais para elaboração dos documentos;
viii) confeccionar uma faixa de grande porte para afixar na fachada do prédio da SR(MS) e uma faixa para passeatas e atividades de mobilização, com os dizeres “Dignidade para quem faz a Reforma Agrária”, com o apoio do SINTSEP/MS;
ix) mobilizar uma delegação de servidores do INCRA em Mato Grosso do Sul, ativos e aposentados, para participarem da Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, dia 22 de maio, solicitando apoio do SINTSEP/MS e à CUT/MS. Nada mais a tratar, o Presidente deu por encerrado os trabalhos, e eu Cláudia Pereira Gonçalves lavrei a presente ATA, acompanhada da lista de presença do participantes.

ATO NACIONAL
Os servidores do Incra reunidos durante o ato de 6/5/2024, que ocorreu dentro da campanha “SEGUNDA-FEIRA DE LUTA” em defesa da reestruturação de carreiras, aproveitaram a atividade para fazer uma primeira análise da proposta do MGI entregue às entidades representativas em 2/5/2024.

Os participantes fizeram repasse de informações e análises sobre o processo de negociação atual, os acordos já assinados e os percentuais de aumento remunerativo acordados entre Governo e categorias do Serviço Público Federal.

Entraram em detalhes da proposta do MGI e, após as análises, o grupo REFUTOU ACEITAR A PROPOSTA, por a considerar uma falta de respeito com o Incra e seus servidores, bem como com as importantes políticas públicas executadas pelo órgão e seus públicos de 30 milhões de brasileiros. “O sentimento do grupo é de ressaca e luto”, relatou um dos integrantes.

Isso, porque ela não atende minimamente as reivindicações da categoria – além de manter todos os problemas que têm as carreiras. Para os participantes, a proposta do MGI ainda manteve as diferenças salariais das duas carreiras e não ampliou o percentual de remuneração do nível intermediário / médio em relação ao superior. A proposta do MGI também não trouxe as requeridas gratificações de qualificação e localidade.

Fonte: Sintsep/MS

Por iniciativa do Sindsep-AM em conjunto com a Assincra/AM foi realizada Assembleia Geral Extraordinária Setorial na sala de reunião no Incra no Amazonas, em Manaus, na data de 8/5/2024.

Com a presença de 23 servidores, a reunião foi presidida por Walter Matos, Secretário-geral do sindicato, que a abriu a explanando sobre a conjuntura das mesas de negociação das categorias, contando sobre as resoluções da Condsef e Sindsep-AM que tratam das pautas não econômicas como ascensão funcional dos servidores graduados e ocupantes de cargos intermediário e fundamental. Falou ainda sobre transversalidade e da proposta do MGI para reestruturação de carreiras.

Já a diretora do Sindsep-AM, Margareth Buzaglo Andrade, fez apresentação dos anexos do ofício. Os servidores passaram a analisar as premissas das quais não abrem mão, como: isonomia salarial das carreiras; a diminuição da proporção salarial entre os níveis; a política de bandas / localidade. O grupo opinou “como revoltante e indigno” foi o conteúdo da proposta do Governo, a exemplo da criação de mais níveis salariais para quem estava no topo da carreira, o que obrigaria os servidores décadas de serviço a permanecerem no órgão por mais anos para obterem progressão e promoção.

O presidente eleito da Assincra/AM, Marco Aurélio, falou que a mobilização deveria incluir a busca de apoio político-parlamentar e ainda, a exigência da presença dos gestores do Incra e do ministro do MDA às mesas de negociação com o MGI.

Após isso, se iniciou o processo de votação, sendo que os profissionais do Incra/AM REJEITARAM POR UNANIMIDADE a proposta do Governo e deliberaram pela MANUTENÇÃO DA PROPOSTA DOS SERVIDORES EM SUAS PREMISSAS E VALORES e ainda, decidiram pelo FORTALECIMENTO DA CAMPANHA SALARIAL COM MOBILIZAÇÃO.

Fonte: Sindsep-AM

Os servidores lotados na Superintendência Regional do Incra no Maranhão, realizaram na sede da unidade em São Luís/MA, em 9/05/2024, às 10:00h assembleia com a presença da direção da Assincra/MA, representantes do SindPFA e do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão (Sindsep/MA) para avaliação da proposta apresentada pelo Governo por meio do MGI às entidades representativas nacionais da categoria no dia 02/05.

A abertura dos trabalhos da assembleia foi feita pelo presidente da Assincra/MA, Webert Cantanhêde, quando foram passadas todas as informações acerca dos últimos acontecimentos a nível nacional, bem como comentou sobre a indignação que tomou conta de todos, sobre o que foi apresentado de forma desrespeitosa e que não atende minimamente, além das enormes distorções salariais dos profissionais do órgão.

Em seguida, o espaço foi cedido ao presidente do Sindsep/MA, João Carlos Lima Martins, que fez uma análise de conjuntura de forma rápida e falou de várias assembleias que estão acontecendo em diversos órgãos federais em São Luís/MA, pelos mesmos motivos do que foi apresentado aos profissionais do Incra.

Como encaminhamento, foi deliberado que a comissão de reestruturação da Superintendência Regional do Incra no Maranhão, se reunirá segunda-feira, dia 13/05, para iniciar um processo de organização interna, para que qualquer decisão que ocorra a nível nacional da Cnasi-AN e SindPFA, a base já esteja articulada para agir rapidamente, otimizando a questão do tempo. Também não ficou descartada uma possível “operação padrão” em algumas ações importantes executadas pelo órgão.

ATO NACIONAL
Em 6/5/2024, durante ato da campanha de reestruturação de carreiras, na “SEGUNDA-FEIRA DE LUTA”, na Superintendência Regional do Incra em São Luís, lideranças da direção da Assincra/MA fizeram visitas aos servidores em suas salas / setores da unidade para repassar informações sobre a proposta do MGI entregue às entidades representativas em 2/5/2024, em Brasília/DF, além de prospectar opiniões e análises da categoria.

E a avaliação dos servidores é de rejeição total da proposta e “com raiva”, pelo desprestígio e desrespeito que a categoria na Superintendência Regional interpretou da péssima proposta do Governo. A diretoria da Assincra/MA estava na data aguardando o retorno do contato feito com o Sindsep/MA pra emissão de convocação conjunta e realização de assembleia local para apreciar e deliberar a proposta.

Isso, porque o Sindsep/MA estava com agenda lotada de compromisso fazendo assembleias pela manhã e tarde com diversos órgãos que receberam proposta do Governo – todos rejeitando o que foi oferecido.

Fonte: Assincra/MA e Sindsep/MA

Os servidores do Incra no Amapá participaram, em 9/5/2024, de Assembleia Geral promovida pelo Sindsep/AP para discutir e deliberar sobre a proposta do Governo apresentada por meio do MGI às entidades representativas nacionais da categoria em 02/05/2024.

Após leitura da pauta de convocação da assembleia, os participantes passaram informes gerais sobre o processo de negociação com o Governo e as atividades de mobilização da categoria em outros estados, a exemplo de Goiás, Brasília e Paraná.

Sobre a proposta do Governo, os servidores do Incra no Amapá, de forma unânime, manifestaram indignação e REJEIÇÃO DA PROPOSTA de 12,5% apresentada pelo MGI, tendo em vista que o órgão, atualmente, recebe o menor salário e tem a pior carreira do Governo Federal e a proposta apresentada mantém a mesma defasagem em relação às demais categorias.

Deliberaram ainda que as entidades representativas continuem perseguindo a proposta construída pelo conjunto da categoria, prevendo reestruturação das carreiras, gratificação de localização, a gratificação de qualificação (GQ), 70% de diferença entre nível intermediário e superior.

Na deliberação sobre estratégias para intensificação da mobilização, os servidores do Incra, em consonância com as outras SRs, decidiram por unanimidade pelo INDICATIVO DE GREVE, até a próxima reunião agendada com o MGI, e caso o governo não atenda minimamente as expectativas dos servidores quanto a reestruturação das carreiras e recomposição salarial justa, a PALAVRA DE ORDEM É GREVE.

O grupo ainda decidiu continuidade mobilização às segundas-feiras, com de apoio parlamentar, bem como articulação com movimentos sociais para que sejam solidários às pautas do Incra, pois contemplam o conjunto das políticas de reforma agraria, ordenamento territorial e gestão fundiária.

Fonte: Sindsep/AP

Em assembleia convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Paraná (Sindsep-PR), na data de 10/5/2024, os servidores da Superintendência do Incra no Paraná, de forma híbrida (presencial e online), reuniram-se para analisar a proposta apresentada pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI) sobre a estrutura remuneratória das carreiras dos servidores do Incra no último dia 2 de maio.

Houve debate entre os servidores ativos e aposentados, que a partir desta semana aumentaram a carga de mobilização de uma vez para três vezes por semana, desde o mês de fevereiro deste ano – com mais de 15 reuniões já realizadas sempre com início às 9 horas da manhã – com a participação de integrantes das duas carreiras: desenvolvimento agrário e perito federal agrário.

A deliberação foi pela REJEIÇÃO DA PROPOSTA DO MGI e aprovação da proposta apresentada pela Condsef / CNASI-AN (com atualização do Dieese).

Os servidores e aposentados do Incra Paraná manterão as reuniões de mobilização três vezes por semana para analisar as condições de trabalho, assim como acompanharão os movimentos nos estados, como por exemplo, com indicativo de greve.

ATO NACIONAL
Durante a primeira avaliação da proposta do MGI, na segunda-feira (6/5/2024), os servidores do Incra no Paraná reunidos em Curitiba/PR, na 14ª Reunião de Mobilização, já anteciparam votos de forma unânime pela rejeição à proposta apresentada pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI) na última quinta (2/5), que não contempla a reestruturação das carreiras do Incra.

Na reunião, houve a aprovação da intensificação das atividades de mobilização – até então concentradas todas as segundas-feiras –, para três dias da semana. Dessa forma, os servidores do Incra no Paraná estarão, a partir de 6/5, mobilizados três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas, pela manhã, sempre iniciando as reuniões às 9 horas. Houve um apelo dos servidores para que os gestores locais façam contatos com parlamentares que apoiam a reforma agrária, uma vez que não houve avanço na sensibilização desses parlamentares para que o MGI apresentasse uma proposta que atendesse minimamente os anseios dos servidores.

Além disso, houve a devolutiva formal, com a fala do superintendente do Incra/PR, Nilton Bezerra Guedes, com o encaminhamento de cada ponto da pauta sobre as condições de trabalho na regional (SEI 54000.038248/2024-58).

Os pontos que necessitam de maior tempo para se avançar (distribuição dos postos de trabalho, contratação de seguro para condução de viaturas, formas de contratação de motoristas terceirizados em orçamentos futuros), serão analisados em próximas reuniões, uma vez que se aprovou a intensificação das atividades de mobilização. Em outros pontos, com instalação de mobiliário e ar-condicionado, por exemplo já houve avanço.

Fonte: Assincra/PR

Os servidores do Incra na Bahia deliberaram em assembleia, por unanimidade, pela rejeição da proposta de reajuste do governo federal apresentada pelo MGI. Ainda foi decidido o indicativo de greve.

O ato ocorreu na quarta-feira (8/5/2024), no auditório do Incra na Bahia, nas presenças de coordenadores do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal da Bahia (Sintsef/BA). Ao todo, estiveram na assembleia 54 servidores. Também participaram remotamente, servidores da Unidade Avançada do Sul e Extremo Sul da Bahia.

Os presentes manifestaram a sua indignação diante à proposta de reajuste de 12,8%, com impactos para janeiro de 2025 e maio de 2026. “Merecemos respeito. A proposta chega até ser ofensiva. Demonstra a falta de conhecimento do próprio governo sobre as responsabilidades do Incra”, ressaltou a servidora, Maria Aparecida Santiago da Silva.

Ainda foi aprovada a sugestão do vice-presidente da Assincra/BA, Miguel Neto, para a realização pontual de um dia de paralisação, em que o portão do prédio seja fechado, sem aviso prévio. Essa atividade de mobilização também foi aprovada pela assembleia. “Essa é uma iniciativa que deveria ser realizada em todo o país”, destacou.

ATO NACIONAL
Na “SEGUNDA-FEIRA DE LUTA”, os servidores da Bahia se reuniram, no auditório da Superintendência Regional em Salvador, em 6 de maio de 2024, para iniciar a análise da proposta do MGI. A proposta foi considerada desrespeitosa, considerando a abrangência de atuação da instituição e as responsabilidades dos servidores.

Durante o encontro, foi deliberada a convocação dos servidores ativos, aposentados e pensionistas para a quarta-feira (8/5), às 14h, com a finalidade de votar oficialmente a contraproposta.

O vice-presidente da Assincra/BA, Miguel Neto, considerou a contraproposta ridícula. “Pedimos uma reestruturação e o MGI ofereceu um aumento 12,8 porcento, que não reestabelece as perdas acumuladas ao longo dos últimos anos”, acrescenta.

DEFASAGEM
Presente da reunião, o aposentado Humberto Chagas, 82 anos, deu seu depoimento que comprova o descaso do governo federal com os servidores do Incra.

Humberto é contador e respondeu pela contabilidade do Incra por muitos anos. A aposentadoria que recebe atualmente é menor que o seu salário há 12 anos.

Segundo ele, em 2012 o salário bruto era de R$ 8 mil e o líquido, R$ 7 mil. “Recebo atualmente R$ 13 mil bruto e o líquido é 6,2 mil, descontados apenas a Geap, o Imposto de Renda e a contribuição à previdência”, conta.

Fonte: Assincra/BA

Em assembleia realizada em 6 de maio, servidoras e servidores do Incra em São Paulo avaliaram a contraproposta apresentada pelo MGI na última mesa de negociação setorial, ocorrida em 2 de maio.

A assembleia também marcou o início de uma campanha de combate ao assédio nas dependências do Incra, dividida em duas etapas: assédio moral e, posteriormente, assédio sexual. A campanha já foi iniciada com a distribuição de materiais que ajudam a reconhecer e interromper tais práticas, além de palestras e divulgação dos canais para denúncias, reafirmando o apoio irrestrito das representações de trabalhadores nessas situações.

Proposta MGI
Os participantes demonstraram sua indignação com a última proposta do MGI para o Incra, que repetiu exatamente os mesmos índices apresentados ao conjunto do funcionalismo - PGPE, PST, PECs e ATA e aos servidores de educação, em greve deste o mês passado. O acordo prevê reajuste para os servidores de nível intermediário e superior de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Já os servidores de nível auxiliar receberiam apenas 9%, divididos em duas parcelas de 4,5% para janeiro/2025 e maio/2026. Essa diferenciação amplia as desigualdades já existentes.

Nenhuma das reinvindicações históricas do Incra como a regulamentação de gratificações de qualificação e de localidade, e valores de remuneração do nível médio que sejam 70% do nível superior foram consideradas, aumentando a indignação dos servidores de todo o país.

Após análise, a PROPOSTA DO MGI FOI REJEITADA pelos presentes e pelos colegas que participaram virtualmente, com apenas uma abstenção. As servidoras e servidores expressaram decepção com a falta de avanço nas negociações, o que revela a falta de compromisso do atual governo com a reforma agrária e com as comunidades quilombolas.

Os participantes da assembleia também APROVARAM INTENSIFICAR AS FORMAS DE MOBILIZAÇÃO, incluindo debate sobre operação padrão, busca de mais apoio parlamentar, solicitação de reunião com o ministro Paulo Teixeira e a divulgação da campanha do Incra, especialmente nos meios de comunicação de esquerda.

Os participantes destacaram que valorizar a carreira dos servidores e servidoras do Incra e MDA significaria tratar com respeito e dignidade o trabalhador do campo, aquele que se encontra em condição precária. Esse tratamento aos servidores é um termômetro de que a população e as políticas para o campo continuam marginalizados e precarizados.

Outras regionais do Incra pelo país também vêm rejeitando a proposta do MGI, alguns já propondo paralisações e indicativos de greve. A luta no Incra/SP seguirá com atividades semanais, com os servidores e servidoras determinados a serem ouvidos e respeitados, não apenas pela dignidade salarial, mas também por um ambiente de trabalho sem assédios morais e sexuais.

Fonte: Assincra/SP

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